Igreja Matriz Centenária

Erguida no início do século, a planta da vila é bem singela.
A disposição dos imóveis corresponde ao que normalmente se encontra nas cidades brasileiras até o final do século XIX e que tem origem na legislação aplicada por Portugal. 

A grande maioria das casas foi construída no alinhamento da rua, sem recuo da calçada; quintais e toda a vida privada ficavam para trás, preservados dos olhos públicos. 

Com apenas uma porta, duas janelas e frontões elaborados por capomastri, como eram chamados os responsáveis pelas fachadas das casas que para cá vieram com a imigração italiana, elas praticamente desapareceram da paisagem.  As edificações que permaneceram, ainda que com alterações, são mencionadas logo abaixo, com a descrição dos aspectos construtivos, dos usos dados a elas ao longo do tempo e identificação dos primeiros proprietários. 

O traçado urbano da área central da cidade tal como se apresenta hoje foi consolidado no projeto apresentado em 1894 pelo engenheiro alemão Guilherme Giesbrecht, compreendendo 39 quadras numeradas e com metragem definida.

No ponto central, a igreja; na área envoltório o traçado e a locação de quinze ruas e três praças: a Dona Umbelina Bueno, em torno da matriz, a Carlos Gomes e a Berlim. O traçado urbano mostra a importância que as praças tiveram como área pública. A localização dos imóveis e as fachadas revelam a e época em que foram levantados. As técnicas de construção determinam estilos.  Tudo isso pode ser visto no centro de Jaguariúna. A Igreja Matriz de Jaguariúna é ainda a edificação mais visível de todo o núcleo original. Marco zero da cidade, sempre é bom usá-la como referência para um passeio pela cidade.

Em 1894, o visionário Coronel Amâncio Bueno encomendou a primeira planta da cidade e mandou erigir sua devoção em uma capela dedicada à Santa Maria, padroeira da cidade; em estilo gótico-bizantino, de autoria do engenheiro Guilherme Giesbrecht.