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De “Pouso do Jaguary” a povoado do Tanquinho


De “Pouso do Jaguary” a povoado do Tanquinho

Por volta do quarto dia de viagem, o viajante que seguia em direção ao sertão percorria a região dos rios Atibaia e Jaguari onde encontrava o ‘Pouso do Jaguary’ (atual bairro rural do Tanquinho Velho). O pouso localiza-se numa região estratégica, logo após a travessia do rio Jaguari, também próximo a um pequeno tanque, onde as tropas e tropeiros podiam se abastecer e descansar e que, posteriormente, emprestaria seu nome para identificação do povoado.

Além do posto de abastecimento e comércio para sertanistas, o local recebeu um afluxo de pequenos posseiros e, aos poucos, tornou-se um acanhado vilarejo que deu início à primeira povoação do município de Jaguariúna.

No final do século XVIII, havia um núcleo populacional com números de habitantes suficiente para que, sob jurisdição do clero que a Villa de São Carlos (atual Campinas), fosse construída a Capela e o cemitério, para realização de ofício religiosos.

A população ao longo do Caminho aumentou o suficiente para que, em 1736, fosse criada “Mojiguassu”, com a jurisdição sobre o sertão entre os rios Mojiguassu e Grande. A região recebia indivíduos e famílias vindos de outras localidades da capitania de São Paulo. Distribuída em pousos esparsos pelo Caminho, a população apresenta marcas da sociedade estratificada da qual era parte. Desde o início da ocupação das terras ao longo do Caminho do Anhanguera podiam ser encontrados indivíduos livres, libertos, administrados e escravos. Dentre a população livre, havia os proprietários e não-proprietários, escravos, “os brancos legítimos” e os “pardos naturais e bastardos”, como eram citados nos livros paroquiais, indicando a existência de uma distinção social entre os segmento.

Nestes locais nascidos aos poucos, os entrames foram apossando-se das terras desabitadas, derrubando e queimando porções de mata para plantar roças.

 

“Derrubar a mata, deitar fogo, deixando às chamas a destruição das árvores, faziam parte da existência tanto dos paulistas quanto dos mineiros. O processo da coivara acompanhava as estações da seca e das águas. Nos meses em “r”, meses secos, de maio a agosto, a mata era roçada, deixando o chão forrado com a ramagem cortada. Sobre esse colchão de ramos de folhas, derrubavam as árvores. Esperavam secar a vegetação, servindo de facho a queimada e, aos prenúncios das primeiras chuvas da estação, tocavam fogo. No trabalho de foice e machada, os derrubadores gastavam cerca de seis “serviços” por hectare ou doze por alqueire, a metade em cada operação. A paulama, mal-queimada, encoivada, formando fogueira, era queimada de novo.”

Ainda, no período colonial, uma a Carta de Sesmaria, datada de 1868, outorga a doação de 12 léguas de terras para religiosos do Convento de São Bento da Vila de Jundiaí. A área, localizada a 15 léguas da instituição religiosa, é constituída por três campos consecutivos no caminho que vai para o sertão dos “Lanceiros e dos Batataes”; o primeiro, situado em terras do atual município de Jaguariúna, começa “passante o rio Jaguary e Camanducaia e acaba no ribeirão que se diz Pirapitingui”. As terras em questão, de acordo com o teor do documento, são doadas com a finalidade de desenvolver rebanho de gado vacum e outras criações, a fim de manter o sustento dos religiosos beneditinos.

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