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Primeiras famílias do Jaguary de 1780 - Recenceamento de Mogi-Mirim


O jornal “A Comarca” de Mogi-Mirim, em edição de 19/03/1944 publica uma consulta ao Departamento do Arquivo do Estado para saber sobre a população de Mogi-Mirim de 1765 a 1850. É lá que o Bairro de Jaguari aparece pela 1ª vez, no caderno de recenseamentos de 1780. Jaguary contava naquela época com apenas 08 “fógos” (casas residenciais) e 74 moradores, entre chefes de família, suas mulheres, filhos, agregados e escravos. O primeiro recenseado é o cidadão Silvestre Machado, de 40 anos, casado com Maria Madalena, de 48 anos. O casal tinha 3 filhos: José, 12 anos, João 4 e Mariana,6. Possuia 5 escravos. O segundo é André Dias de Siqueira, de 40 anos, casado com Tereza de Jesus, de 24 anos. Tinha 2 filhas: Josefa, 4 anos e Mariana, 2. O terceiro, Manuel Pereira da Silva, com 43 anos, casado com Maria de Jesus, de 27 anos. Filhos:José, 4 anos, João, 3 e Camilo com 10 meses. Tinha 20 agregados e escravos. O quarto, Manuel Soares, de 60 anos casado com Inácia Maria de 32 anos. Seus filhos eram: Maria, 15 anos, Ana, 9 anos, José, 12. Vicente, 10. Manuel, 5, João, 3 e Francisco, 3 meses. Tinha 2 agregados. O quinto Maria Barbosa de 60 anos, viúva, sua filha, Mariana Francisca, com 22 anos, com um filho de 1 ano, de nome Salvador. Tinha 5 escravos e agregados.O sexto, Francisco de Oliveira, 31 anos, casado  com Zeferina Francisca, de 24 anos. 2 filhos: Ana, 2 anos e José, 10 meses. 1 agregado e 9 escravos. O sétimo, João Gomes Cardoso, 56 anos, casado com Clara Maria, de 56 anos. Possuia 6 escravos. O oitavo e último, Miguel Dias de Freitas, 36 anos, casado com Ana Barbosa, de 23 anos. Tinha o casal 4 filhos: José 4 anos, e Joaquim, 2, Maria 7 e Ana, 1. Tinha 1 escrava.Dr. José Eduardo Pimentel de Godoy, historiador residente em Amparo apresentou-nos cinco batistérios de moradores do Jaguary, no ano de 1795, registrados nos livros da Igreja de São José, centro de Mogi-Mirim. “Jaguariúna, no curso da história” obra de Suzana Barreto Ribeiro registra, nessa época, que os moradores de terras conquistavam propriedades por meio da posse pura e simples, ou, pela concessão de Sesmarias. A historiadora revela dificuldade em determinar com precisão a localização de três delas nesta região dos três rios: Jaguary, Camandocaia e Atibaia. A Sesmaria de Luís Antônio de Sousa e de Bernardo Guedes Barreto foi adquirida em 1798. Dela temos um dos herdeiros, o Capitão José Guedes de Sousa (Barão de Pirapitingui), depois seu filho, José Alves Guedes, com a Fazenda da Barra. As terras vizinhas formavam a grande Fazenda Camandocaia de Salvador Bueno da Silveira (Pai de Cândido e Avô de Amâncio Bueno). A Fazenda Camandocaia desdobrou-se em Santa Francisca, Florianópolis e Capim-Fino. Em 1800, o capitão-mor Antônio Correa Barbosa recebeu a Sesmaria além Rio Jaguary, acompanhando o Rio Atibaia, na época o engenho de cana também já estava em funcionamento.Seu primeiro nome foi Fazenda Jaguary. Tornou-se, mais tarde, Fazenda Santa Úrsula.  A 3ª sesmaria desta região foi concedida a Manoel Carlos de Sousa Aranha, a Fazenda São José, nas proximidades do encontro do Rio Jaguari com Camandocaia, em direção ao atual Município de Holambra (Fazenda Ribeirão) envolvendo-o. O memorialista, Sr. Lauro Navarro, farmacêutico, Sub-Prefeito (anos 40) cita outras terras originárias, mais tarde, desta sesmaria, como a Fazenda Bela Vista e Pompeia. Publicamos abaixo seu trabalho de localização das antigas fazendas (p.51 da obra citada). Tomaz de Aquino Pires

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