Fotografia aérea de Jaguary de 1938
Esta foto saiu na capa do livro que inaugurou a Casa da Memória Padre Gomes. Tem por título “Jaguariúna no curso da história” de Suzana Barretto Ribeiro. A fotografia pertence à coleção da Prefeitura Municipal e traz a data de 1938. Sua procedência é de órgãos estatais. Observando-a não encontramos o coreto de 1926 construído diante da Matriz. A Vila era formada pela Capela de Santa Maria de 1894, ladeada por cinco quadras e tendo à sua frente mais cinco quadras incompletas. Eram só 11 quadras. Elas compunham o berço histórico da cidade, classificado pelo Conselho do Patrimônio como Híper Centro Histórico. O movimento subia da 1ª Estação Ferroviária de 1875. Ela ficava às margens do Rio Jaguary. Ficou ativa até dez./1945. Os trens vinham de Campinas passavam pela 1ª Ponte Ferroviária, hoje, Ponte Pedro Abrucês e dirigiam-se para a estação que ficava, no meio da Avenida Marginal, diante da ponte de concreto da Nova Jaguariúna. Hoje ali em frente está a Secretaria de Segurança Social, ex sede dos Bombeiros, casa do chefe da estação, construída em pedra, em 1879. Desta estação, seguia a linha tronco que chegou até o Sul de Minas e também fazia-se baldeação para o Ramal de Amparo. A linha mestra chegava a Guedes passando pela pedreira da Mogiana, atrás da Faz.Florianópolis e pela Faz. Santa Francisca. Por isso a foto mostra trens em linhas paralelas. Essa estação foi o primeiro núcleo de movimento. No começo do século XX, desloca-se para a rua de cima, chamada Rua Alfredo Engler. Então construíram-se os dois sobrados com comércio nas esquinas: Poltronieri/1896 e Sayad/1913 e demais casarões. Até o final da década de 1930 esta rua foi o centro de Jaguary. Ali houve desfile de Fordinhos 1929 no carnaval de rua. Na foto veem-se ainda a casa de Jorge Cury (Jandira), a venda de João Ferrari, casarão de Thereza Machado de Almeida e de Augusto Chiavegato. Na esquina com Júlia Bueno, a casa de Odoardo Tozzi (José Mantovani) e perpendicular o Casarão de 1894 que o Cel deixou para D. Ermelinda Romanini e para os seus dez filhos. Ali foi por muito tempo Pensão da Marica, hoje é a Pousada Vila Bueno. Penso que foi no correr da década de 1940 que o centro da vila subiu para a Rua Cândido Bueno com jardim novo e Matriz reformada. Na Cândido nota-se a casa da Família Bergamini, o Grupo Velho, o comércio de Pedro Hossri. Na esquina da frente casarão de Joaquim Pires (1ª Prefeitura e Câmara), de José Pires Jr, ambas de 1894. À sua frente a casa de Pedrinho Dentista. Os casarões de 1894, nas esquinas, de Antônio Gallo, relojoeiro e o comércio de Generoso Castanho (Loja de D. Fádua Abib), casarão de Hugo Masotti (Estac... Mantovani). Descendo à Cândido nota-se casario enfileirado pertencente à Sra. Cármen Queiroz e o Bar São João, na esquina. Mais abaixo, casario pouco identificado na foto aérea. Nota-se também casario hoje transformado da Rua Júlia Bueno, identificando-se a casa antiga de esquina de João Frazato, hoje, Imobiliária Fernandez. À Frente, outro casarão já demolido. A Vila terminava nesta época na Rua Alfredo Bueno. Nela, duas habitações: casa da Família Penteado na esquina com a Rua Dr. Fernando Costa e na outra extremidade da família de Lino Angi, esquina com Rua Sílvia Bueno. Tomaz de Aquino Pires
Para acesso a todas as fotos entre em contato com a Casa da Memória Padre Gomes através do telefone 3937-4062 ou e-mail casadamemoria@jaguariuna.sp.gov.br