Fotografias são documentos históricos
“Quem não tem fotografias, morre duas vezes” (Prof. Etienne/UNICAMP). Que alegria poder observá-las! Quantos ensinamentos estes documentos históricos revelam para o homem! _“Não nos cansamos de admirar as fotografias mostradas em cada Exposição da Casa da Memória Padre Gomes”, alguém comentou. Esta instituição tem notado a satisfação com que o observador interage com realidades que revelam sua identidade, sua história. Sorrisos, emoção, lágrimas... As fotos fazem vir à tona memórias que oxigenam o cérebro, alegram o coração e perfumam a mente. Relembram fatos que desencadeiam análises de aprendizagens que se tornaram úteis à experiência humana... Erick Robsbawun, historiador judeu, cita: _ “O Passado é uma dimensão permanente da consciência humana”. Nas exposições fotográficas da Casa da Memória nota-se como o cenário das fotos vai revelando a transformação da paisagem urbana de Jaguariúna, produzindo interessantes observações e comentários, frutos de análises dos expectadores. São as convicções do cidadão que vão estruturando-se. As diversos temáticas com novos cenários de cada amostra anual de fotos vão revelando ora a alteração dos costumesdas brincadeiras da infância, os modos de vida dos adolescentes, dos jovens, dos adultos e idosos. Ora fazem presente épocas distinta de bodas, de desfiles, de formaturas, dos recantos da vila e do novo município, diversas formas de confraternização humana. Através das épocas, como se alteram os trajes, as atividades do homem, seu trabalho, ocupações e profissões... Em todas se notam os estilos de época da arquitetura e em todas, os usos e costumes e elaboração de uma paisagem cultural. Ora, os casarões com altos porões e quintais assim como sua demolição e surgimento de grosseiros e altos barracões com pré-moldados. Antigamente, algumas crianças travessas caíam nos poços, quando a infância galgava com facilidade o topo das mangueiras e goiabeiras, brincando e colhendo frutos deliciosos isentos de agrotóxicos. Saudade das balanças que os pais faziam nos galhos das árvores! Memoráveis tombos e galos na cabeça! As mães colhiam hortaliças no quintal; eram regadas com água do poço.Os serviços eram ensinados aos filhos e partilhados por eles. O sol, desinfetante natural, arejava todos os ambientes das habitações. No centro de Jaguari, havia grandes terrenos baldios tornados campinhos de futebol onde se instalavam circos de cavalinhos com leões e gorilas, e touradas. Hoje são Travessas e Escolas. Assim os documentos fotográficos da Casa da Memória reconstituem épocas, fazendo renascer memórias e a história da cidade. Vocês já registraram sua presença no Livro de Visitas, após observar a nova exposição: Memorial Padre Gomes? Exposta 24 h/dia, inclusive aos sábados e domingos. Tomaz de Aquino Pires