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A ferrovia e a chegada dos imigrantes


O advento da República irá alterar ainda mais a rotina das fazendas de café. A política de crédito praticada pelo primeiro governo republicano e a introdução do trabalhador de origem européia proporcionariam ótimos resultados de ordem agrícola, com significativo aumento da produção. A situação traz à tona o antigo problema relacionado à dificuldade do escoamento dos grãos. O transporte da carga, tanto do açúcar como de café era realizado por tropas aparelhadas para viagem em lombo de burro, carroças ou carros de bois; num primeiro momento, os tropeiros tinham como destino o longo trajeto até o Porto de Santos. Com a Companhia Paulista, o trajeto é reduzido para Jundiaí e, em pouco tempo, a linha chega a Campinas; finalmente, com a Companhia Mogiana, às terras do Jaguari. Embora estas terras fossem consideradas extensão da região de maior produção agrícola na província de São Paulo, somente 3m 1872 - com a lei provincial que concede privilégio e garantia financeira à companhia que assumisse a contrução de uma via férrea entre as cidades de Campinas e Mogi Mirim, com um ramal para a cidade de Amparo – é que os fazendeiros locais empenham-se como acionistas, a fim de viabilizar o projeto de implantação da “Companhia Mogyana de Estradas de Ferro”. A partir deste momento, todo um cronograma burocrático convergem, no sentido de dinamizar a primeira etada da uimplantação; as principais iniciativas para viabilizar tecnicamente a ferrovia, a contratação de engenheiros e assistentes e, em seguida, realiza-se concorrência pública seguida de contratos com fazendeiros locais para abertura de estradas. Com o trajeto da linha férrea pré-definido, o material fixo, ou seja, trilhos, ferramentas e equipamentos básicos é importado da Inglaterra; a madeira para confecção de dormentes para assentamento dos trilhos tem origem das matas próximas ao trajeto. Em meio a esta explosãode econômia, a preocupação com o meio ambiente não existia. A devastação das matas para plantio do café e, em seguida para a construção da ferrovia e manutenção das locomotivas movidas a vapor, demandava incalculáveis volumes de madeir, a fim de que estes fosem para a construção da estrada férrea. O traçado original do primeiro tracho Campinas-Mogi Mirim é construído em dua etapas, a primeira perfaz um total de 34 km, saindo da Estação Central de Campinas até a Estação Jaguary; deste ponto segue em direção a Mogi Mirim, e parte outro ramal par a acidade de Amparo. Inaugurado em 1875, o percurso é orientado pelas necessidades de escoamento das principais fazendas produtoras de café, o que resultará em um traçado sinuoso e bastante irregular. Os proprietarios das fazendas e acionistas da Companhia, determinam as paradas e a localização das estações. A primeira parada na região do Jaguari acontece no interior da Fazenda Santa Úrsula, à margem direita do rio, e segue em direção á estação na qual é tansportada a carga das Fazendas Florianópolis, Camanducaia, Santa Júlia e outras menores. Em seguida, assume a direção da Fazenda da Barra, onde outro acionista, José Alves Guedes, determina a construção da Estação de Guedes; deste ponto em diante, segue em direção a Mogi Mirim. Na construção das estradas, tanto escravos livres, como a mão-de-obra imigrante são determinantes para o êxito da empreitada. Neste período de transição, de escravos, homens livres e imigrantes, em levas, dividem o local de trabalho.Nas fazendas são instalados senzalas e, posteriormente, com a consolidação da imigração, instaldas colônias. Livro: Jaguariúna no curso da história

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