Série imigração: imigração italiana - família Corazza
A genealogia demonstra a origem das famílias e o parentesco existente entre elas, por isso este estudo é muito interessante. Vai revelando os laços sanguíneos de nossos antepassados tecendo a história da constituição de um povo. Mostram famílias que vencem neste desafio fantástico da vida, porque enfrentam a luta. Deixam países, singram os mares e do nada constroem suas famílias em nova terra. Com seu sangue, suor e lágrimas extraem dela leite e mel. A Casa da Memória tem recebido dados da Família Corazza-Panini, em sua função de coletar memórias, histórias, identidade de Jaguariúna. E, hoje, prossegue a série da Imigração Italiana sobre esta família pioneira que se firmou no Capotuna, em sítio adquirido da Fazenda da Barra, na quebra da bolsa de Nova Iorque de 1929, com o declínio do café. Assim como incentivar a pesquisa genealógica das primeiras famílias do Velho Jaguary para não deixar desaparecer a história dos alicerces da cidade. Agradáveis surpresas se levantam à medida que deslindamos as nossas origens. Genealogistas de plantão têm contribuído com o respectivo acervo desta Instituição de Memória. Sr. Vitório Marconato já nos havia mencionado da relação desta família com Marion e, esta, com Marconato. A família de José Panini, através da esposa, Angelina Corazza liga-se à família Marion. Seus pais eram Eugênio Corazza e Eugênia Marion. Analisem os relacionamentos sanguíneos de suas famílias pioneiras com diversas outras constituindo a base da identidade desse povo e desse lugar. Dados pesquisados por Isabel Panini Fontanella mostram que Eugênio Corazza era filho de Ângelo Corazza e Maria Bisconsin. Ângelo era filho de Pietro Corazza e Giulia Conte. A esposa de Eugênio Corazza era Eugênia Marion. Esta era filha de Valentino Marion e de Maria Fragonese. O casal Eugênio Corazza e Eugênia Marion chegaram ao Brasil já casados. Não se encontrou a data do desembarque no Porto de Santos na Hospedaria do Imigrante. Ainda pesquisam! Segundo relatos de Paulina Panini Fontanella seus avós maternos foram morar e trabalhar na cultura do café, na Fazenda Capim Fino. Eram pais de onze filhos: Rosa, Antônio, Maria, Luíza, Carlos, Ângelo, Linda, Ângelo (II), Angelina, Natal e Basílio. A maioria se casou em Pedreira, alguns foram para Presidente Prudente, e outros para São Paulo, capital. Eugênio era um bom cozinheiro e para completar a renda familiar ele e a esposa, Eugênia saiam com sua carroça e faziam pratos da época nas festas de casamento nos sítios dos amigos e conhecidos nesta região. O prazer pela culinária foi herdado por alguns filhos e netos, que se tornaram conhecidos pelos pratos e molhos de pimenta. Relembrando a Família de Jaguariúna de José Panini casado em 1924 com Angelina Corazza. Ele era filho de Antônio e Elisa Pelincer Panini. Formaram nove filhos no Capotuna: Santa, Eugênio, Palmira, Joaquim, Luíza, Paulina, Laurindo, Nair e José Luiz. Dentre os netos Corazza-Panini de Jaguariúna que herdaram dos avós Corazza o gosto pela culinária, destacaram-se Joaquim por suas conservas e molhos de pimenta e linguiças e Eugênio por suas galinhadas e pratos a base de peixes e de caça. As pesquisas genealógicas da família continuam através das novas gerações e vão revelando cada vez mais importantes dados de sua jornada na Itália de ontem e no Brasil de hoje. Tomaz de Aquino Pires
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