Série imigração: imigração italiana - família Abruzzese
Paschoal Abruzzese nasceu na Província de Caserta, Região de Campania, Sul da Itália. Filho de Pietro Abruzzese e Agroglia Fragnonla. Chegou ao Brasil, como imigrante com 13 anos, em 31/03/1898, a bordo do navio “Di Santos”. Começou sua vida aqui trabalhando na abertura de leitos ferroviários. Com trabalho e economia foi comprando carrocinhas e animais. Com elas transportava terra, onde passariam os trilhos. Trabalhou em cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, residindo, assim, em diversos locais com a família. Casou-se, em primeiras núpcias, com D. Elisa Fossa em Jaboticabal. Nasceram as filhas Amélia e Cecília (Ercília) Bauru. Sr. Paschoal ficou viúvo e casou-se, novamente, com D. Norma Martins, Barbacena, MG. Dos trabalhos mais conhecidos de que participou citam-se: terraplenagem no Aeroporto de Congonhas, um trecho da Anhanguera, o aterro da fábrica da Rhodia e o novo trecho ferroviário da Estação Jaguariúna até a Estação de Guedes (1945). Com seus pinantes abriu trincheiras a pedido dos militares na Revolução de 1932. Era uma pessoa caridosa que ajudava muito seus empregados, em suas necessidades. Eram características deste simples imigrante: generosidade, carinho, elegância. Trabalhador corajoso proporcionou fartura e conforto a sua família. Gostava de promover grandes almoços e ver a família reunida para celebrar a vida. Gostava de um bom vinho com queijo. Assumiu empreita para a terraplenagem de reforma do leito ferroviário local e escolheu Jaguary para residência de sua família, no início da década de 1930. Faleceu em 10/05/1950. A municipalidade homenageou-o dando seu nome a uma praça, “Praça Paschoal Abruzzese” A segunda filha das primeiras núpcias: Ercília casou-se com João Mussato. Esta heroína, viúva, criou os filhos, sem vender as terras que o marido lhe deixara. Piedosa zeladora e voluntária nesta Paróquia. Filhos: Antônio (Nico), Lázaro, Cidinha e Lúcio Mussato. Sr. Paschoal e D. Norma criaram dez filhos: Elisa, Isaura, Romilda, Irma, Arlindo, Orestes, Armando, Reinaldo, Hélio e Aristeu. Elisa, costureira, recebeu de sua piedosa mãe, a devoção a S. José, tornando-se também zeladora de sua Irmandade. Foi grande voluntária para com muitos trabalhos da Paróquia. Casou-se com Étore Tozzi, marceneiro. Pais dos 03 professores: Therezinha, Helena e Toninho Tozzi. Romilda foi casada com Guido Tozzi, motorista, autônomo, leiloeiro das aves na Festa de S. Sebastião. Formaram os filhos: Antônio Eduardo, Paulo César e o Prof. Celso Henrique Tozzi (Cecé). Este tornou-se Patrono da grande Escola. Irma, esposa do Prefeito reeleito, Francisco Xavier Santiago, colaborou com a promoção social da cidade ajudando os mais necessitados. Formaram as filhas: Maria Lúcia, Carminha - Advogada OAB e Cristina, Professora. Armando, solteiro, desenhista de formação, pintor e músico. Abrilhantava bailes e festas de formatura com grupo musical. Aristeu (Teteu) infância e juventude passada no centro da Vila e Igreja, tornou-se desenhista mecânico, Advogado, casado com Maria Bergamasco. Formaram a filha Ana Maria. Mudaram-se para Campinas. Outros quatro filhos, após matrimônio, também residiram em outras cidades, devido aos seus trabalhos e profissões. Em Campinas, permaneceram: Isaura casada com João Viana. Orestes casado com Luzia Granchelli da Silva. Reinaldo casado com Lourdes Alves. Em Espírito Santo do Pinhal fixou residência Hélio, casado com Neide Vargas. Guilherme Pozzer (História, Unicamp,2009) escreveu: “se contarmos as histórias locais para as crianças, se comentarmos as memórias com os nossos filhos e alunos, eles vão se apoderar de suas referências culturais que lhes permitirão conhecer melhor e amar sua cidade e região e construir sua identidade e uma relação construtiva com o passado e, talvez, interessarem-se mais por essa História Geral que lhe parece, muitas vezes, austera e afastada de seu meio”. Tomaz de Aquino Pires.
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