Série imigração: imigração italiana - família Bodini
A família de Giácomo Giovanni Bodini e de Mariana Galli chegou ao Brasil, a bordo do Vapor Frísia, no dia 11 de dezembro de 1888. Veio da Comune de Gadesco Pieve Delmona, Província de Cremona, Região da Lombardia. Seu destino: fazenda de café do Barão de Pirapitingui, Cel. José Guedes de Sousa, fazenda da Barra. Giácomo era filho de Geremia Bodini e de Giuditta Alquati e nasceu em Gadesco em 14/12/1842. A camponesa Marianna era filha de Giovanni Galli e de Rosa Malaggi nascida 28/02/1948, em Gadesco onde nasceram os primeiros filhos do casal. Os mais novos nasceram em Persa Dosimo. Traziam os filhos: Geremias, Francisco, Ernesta, Rosa, Eugênia e Cyrillo. O filho Blandino de 11 anos faleceu na viagem e foi lançado ao mar. Porém, obrigatoriamente declarado no desembarque no Porto de Santos.Passados os anos, os pais e alguns filhos migraram para outros sítios como lavradores. Alguns deixaram o campo e vieram para o centro da Vila de Jaguary onde a matriarca, Mariana Galli Bodini, magrinha, pequena, botava um chapeuzinho na cabeça e percorria os quintais, preparando as crianças para a 1ª Comunhão, ensinando a doutrina da Igreja. Seus filhos casaram-se: Geremias foi casado com Henriqueta Santini (Cravinhos, SP) Rosa, registrada como Amália, em seu batistério, casou-se com Giácomo Santini. Seu nome original era Valentino Santinon. Eugênia casou-se com Giovanni Enrico (João) Ferrari, Cirillo, caçula, casou-se com Clementa Luise, ele faleceu novo e os dois filhos foram para Pirassununga, SP. Ernestina casou-se com GiácomoTomaselli (Cravinhos, SP). O filho Francisco permaneceu na Barra e o nome Bodini permaneceu na história do velho Jaguary. Ele casou-se com Dorina Lanzoni. Tiveram dez filhos: Miguel, Rodolfo, Boaventura, Maria, Antônio, Achiles, Brandina, Delminda, Mariana e Cyrillo. E ali permaneceu até adquirir gleba de terra da própria fazenda, permanecendo agricultores. Ali os filhos cresceram e tornaram-se,além de agricultores, comerciantes de frutas. Aos poucos montaram barracões e criaram seu próprio transporte para levar as frutas para São Paulo. Da terra tiraram o sustento para o corpo e da fé cristã o alimento para a alma, e do trabalho, sua força de vida. Seus membros permanecem em ramos diversos de comércio e de atividades profissionais até hoje construindo o progresso da vila e da cidade. Cyrillo Bodini, foi o 10º filho da família faleceu com 99 anos e foi grande colaborador da Casa da Memória, agricultor nato,viveu com suas experiências com plantas e mudas de frutas diversas.Comerciava-as. Foi grande futebolista. Filho, jogador profissional e netos, esportistas de profissão. O contato com a natureza enriqueceu sua saúde, seu ânimo e sua memória. Fez artesanato em barro, veio poético, autor de algumas modinhas sertanejas. Sempre procurou alguém que musicalizasse as melodias que compunha com suas letras. Genealogista de memória prodigiosa. Recebeu o Prêmio Municipal e da Casa da Memória, em 2011, como membro ilustre e longevo dessa Família Pioneira homenageada. Seu irmão primogênito Miguel casou-se com Fortunata Ranthiguieri. 2º Rodolfo casou-se com Tersília Firmino de Souza. 3º Boaventura casado com Antônia Bergamasco. Tradicional comércio - Auto Peças Bodini. 4ª Maria, solteira. 5º Antônio, casado com Natalina Rissato (1ª esposa) e Magdalena Santoro (2ª esposa), 6º Achiles, casado com Àurea Ribeiro (1º casamento) e casado com Aurélia Pina (2º casamento), Barracão de Frutas e Transporte. 7ª Brandina, solteira; 8ª Delminda, solteira e 9ª Mariana, casada com Alfredo Firmino de Souza. O filho Kico (Francisco), é fundador do Bar da Praia, restaurante especializado em frutos do mar, de fama internacional. Com esta publicação fazemos um tributo ao genealogista da família (João) Valdir Bodini, pelas pesquisas e fotografias registradas nesta Instituição de Memória que restarão para estudo da posteridade. Assim como pelas memórias passadas pela tradição oral através do Sr. Seu Pai, Cyrillo Bodini. Quando a família tem um genealogista, esta família não desaparece duas vezes, porém permanece “ad aeternum” no registro da História da cidade. Tomaz de Aquino Pires.
Para acesso a todas as fotos entre em contato com a Casa da Memória Padre Gomes através do telefone 3937-4062 ou e-mail casadamemoria@jaguariuna.sp.gov.br