Série imigração: imigração italiana - família Gottardo
A Família Gottardo procede da Região do Vêneto, Província de Treviso, Comune de Carbonera. Chegou a bordo do Vapor Orione, desembarcou no Porto de Santos em 26 de maio de 1888. Seu destino era trabalho nas fazendas de café de Descalvado/SP. Chegaram 12 pessoas da Família Gottardo, cinco adultos com sete filhos. Estes dados recebêmo-los de Rodrigo Gottardo, assim como memórias de Janete Ferrari e de mais netos a quem muito agradecemos. De tais documentos pesquisados deles dispomos cópias aqui. Eles servirão à posteridade para pesquisa nesta Instituição de Memória. Centremo-nos na família do casal: Giuseppe Gottardo (37 anos) e Thereza Mariotto (36 anos) trouxeram seus filhos Giuseppe (18), Rosa (09), Giovanni (08), Vitório (?) (05 – conhecido como Tio Moro), Carolina (03). João nasceu no dia 20 de setembro de 1880. Não temos a data de chegada a Jaguary. Tornaram-se agricultores do café na Fazenda Santa Francisca do Camanducaia. (Couto). João conhece a jovem Ronilda (Romilda) Florian, filha de Pietro Florian e de Caterina Andreetta, nascida em 1882, Chiarano/Treviso/Vêneto. Ela chegou com dez anos, no dia 07/09/1892, a bordo do Vapor América. A família veio para trabalhar nas terras do Cel. Amâncio Bueno. Estas famílias migravam pelas fazendas de café. João casa-se com D. Romilda em 29 de setembro de 1.900 em Pedreira. Provavelmente, então, lavradores na Fazenda Boa Esperança (Saint Cloud). Muitas famílias permaneceram na lavoura e com o declínio do café, adquiriram pequenos sítios. Outras famílias vieram para a vila exercer antigas profissões exercidas na Itália. A família Gottardo deixou a roça e veio para o centro da Vila de Jaguary em 1922. José e João Gottardo montaram, em 1925, uma padaria na Rua Alfredo Engler, n.º 386, vizinha do n.º 400, próxima da esquina com a Rua José Alves Guedes. O irmão José resolveu ir para o Paraná. João com os filhos pequenos foi lutando no serviço da padaria. Época muito trabalhosa, todo serviço era manual. O cilindro era movimentado a mão para sovar a massa. O forno era a lenha. O Pai e os filhos trabalhavam das 10h da noite às 06 da manhã para aprontar o pão. Os filhos foram crescendo e casando, alguns partiram para outras lides. Outros permaneceram com os pais, na padaria. Filhos: 1-Angelina casou-se com Luiz de Lima. 2- Atílio casou-se com Inês Guaraldo. 3-Delphina casou-se com Eduardo Ferrari. 4-Hilbe (São Paulo) 2º casamento com Florinda. 5-Orestes casou-se com Augusta Chiavegato. 6-Aurélio, 7-Olívia e 8-Sílica ficaram solteiros. 9-Anésio casou-se com Ibrantina (Lola) Michelini e 10-José casou-se com Wanda Poltronieri. A Padaria ali permaneceu até 1945. Nesta data construiu-se casa e novo prédio comercial na mesma rua, quase esquina com a Cel. Amâncio Bueno. Passou por várias reformas, ampliações e construção. Além de Padaria tornou-se Cafeteria e Lanchonete em animado ponto de encontro e, na última década, Restaurante “Self-service”. A Família Gottardo tem como exemplo: o trabalho, a dignidade, a responsabilidade, a transparência. Esta Padaria há 97 anos serve a Jaguariúna o famoso “pão do Gottardo”. Parabéns, exemplo vindo de nossos pioneiros! Salvemos o Passado para servir o Presente e o futuro! Tomaz de Aquino Pires
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