Série imigração: imigração italiana - família Tozzi
Os patriarcas Odoardo Tosi e Virgínia Merlo com os dois primeiros filhos, Onorina e Guído (I) chegaram ao Brasil em 31/12/1895. Odoardo nascera em Villimpenta, Província de Mantova, Região da Lombardia. Era filho de Giuseppe Tosi e Leonilda Bellini. Sua esposa Virgínia, nascera em em Bionde, Província de Verona, Região do Vêneto. Filha de Giovanni Battista Merlo e de Giovanna Rebonato. Odoardo Tosi era cabo do exército italiano, grande esportista premiado... Mas a vida lá era difícil, portanto emigrou para o Brasil. Chegou como colono para trabalhar em fazenda de café. Trazia algumas economias. Com trabalho e sonho acumulou economia e adquiriu seu primeiro sítio chamado Roda D’água, no Bairro Pantaleão, em Amparo. Lá faleceu seu filho, Guído (I) Lá cresceu e casou-se sua filha Onorina (Rina). E também nasceram mais oito filhos: José Batista, Adolfo José, Éttore Armando, Antônio, Plínio, Antonieta e Guído (II). Lavrador próspero, prole numerosa vendeu seu sítio, em Amparo. Mudou-se para Jaguary, na década de 1920. Aqui na vila comprou três propriedades rurais. 1ª- próxima ao Condomínio Duas Marias, 2ª- No Bairro Capotuna e 3ª- Chamada Santa Maria. Esta começava em local onde hoje foi construída a Matriz Nova de Santa Maria. Seguia até a antiga linha férrea da Mogiana, em uma faixa contínua de terras onde plantava, arrendava, tinha meeiros e criava animais domésticos. Montou o primeiro Moinho de Beneficiamento de Cereais, na Rua Cândido Bueno, esquina com a rua Júlia Bueno. Montou novo Moinho duas quadras abaixo, próximo da Ponte da Maria Fumaça, onde hoje se localiza a farmácia Popular, Atendia as famílias locais, comercializando tais alimentos. Estes moinhos pertenceram respectivamente, nas décadas de 50 a 70 ao Sr. João Frazato (1º) e Ângelo Sisti (o 2º). Os proprietários rurais traziam sua colheita de arroz para ser beneficiada, negociavam-na, traziam seu milho e feijão para vender e para trocar por fubá. As crianças gostavam de ir ao Moinho para ver as rudimentares máquinas em funcionamento, que através de polias e correias giravam as circulares e grandes pedras, uma sobre a outra, denominadas “mós” que moíam os grãos de milho produzindo o fubá. Sr. Odoardo no início dos anos 30, construiu residência, em amplo terreno, na confluência das Ruas Júlia Bueno com Alfredo Engler, construção que apresentava singulares traços arquitetônicos característicos de época, com telhado recortado, estilo normando. De sua propriedade chamada Santa Maria resultaram vários loteamentos, inclusive nas adjacências do Parque Santa Maria, cuja área fora doada ao município, como área de lazer. Com os filhos criados e em face de sua velhice o casal muda-se para Campinas, foi morar com alguns de seus filhos. Os filhos mais velhos casados foram para Campinas. Étore, Armando, Antônio, Antonieta e Guido (II) participaram intensamente da vida da Igreja e da cidade. Após a vida de lavradores de suas terras escolheram profissões com que se identificavam. Étore, marceneiro, casou-se com Elisa Abrucezi.Eles residiam na Rua Júlia Bueno. Três Filhos professores, membros das pastorais da Igreja. No endereço vizinho morava o irmão Guído casado com Romilda Abrucezi, motorista comerciante. Um dos seus filhos, “CECÈ” saudoso e estimado amigo de todos, deu nome à E. E. Prof. Celso Henrique Tozzi. Antônio casou-se com Araci Voltan, Abriu empório em Campinas. Armando casou-se com Carolina (Tila) Frachetta, também comércio em Campinas. Os patriarcas deixaram seu exemplo de dignidade transparência, fé e trabalho. Família temente a Deus, de profunda orientação religiosa ajudou a construir a história de Jaguariúna. O patriarca faleceu em 1958, (93 anos) e sua esposa, Virgínia, faleceu em 1959, (82). Foi homenageado com a Avenida Eduardo Tozzi que corta o Bairro Planalto e Jardim Laranjeiras. Tomaz de Aquino Pires.
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