13ª Exposição - “Jaguariúna nos anos 50 e 60”
“Jaguariúna nos anos 50” - Emancipação - A década inicia-se com a vinda da Companhia Comercial que se instala na Roseira, às margens do Jaguari para asfaltamento da estrada de rodagem Campinas-Mogi-Mirim, e, logo depois, chega o sonho da Emancipação Político-Administrativa. O grupo de políticos locais une-se para tal finalidade. Reuniões sucedem-se, desde dezembro de 1952 e durante o ano de 1953. Partidos políticos indicam seus representantes, constitui-se uma comissão com Presidente de Honra mais onze políticos dos diversos partidos. Realiza-se um Plebiscito. A ideia emancipadora é vitoriosa. Redige-se Interessante descrição do Distrito de Paz mostrando que está pronto para sua independência. O documento descreve situação geográfica, a população, número de residências, número de propriedades rurais, distância de Campinas e da sede do Município de Mogi Mirim. Menciona o transporte ferroviário e o rodoviário. Igreja Matriz em estilo “gótico-bizantino”, praça ajardinada, fonte luminosa e artístico coreto. Novo Grupo Escolar Cel. Amâncio Bueno (1946). Magnífica estação ferroviária da Cia Mogiana (1945). A Casa Paroquial (1945) é ótima e a Paróquia possui terrenos adquiridos para construção de Parque Infantil, Hospital a ser dirigido por Missionárias, prédio para reuniões, cursos, cinema- teatro.) Na época, em construía-se o “Estádio Auro de Moura Andrade” da União Esportiva Jaguariense. Grandes fazendas produziam algodão, café e cereais. A Cooperativa Agropecuária Holambra dedicava-se a criação de gado leiteiro holandês, laticínios, granja e lavoura. Havia criação de gado reprodutor selecionado e gado de corte. Cita-se a presença de Haras com reprodução e criação de cavalos de puro sangue (Fazenda Ipiranga, 2º Haras do Brasil). Frutas cítricas, cultivo da uva à banana. O documento apontava também deficiências na infraestrutura da Vila quando anuncia que não havia água Encanada, nem esgoto. A luz era fornecida pela Empresa Hidro-Elétrica Jaguari (Pedreira) e menciona que havia carência dessa energia. Havia quatro fábricas: raspa de mandioca, polpa de goiaba, tijolos/telhas e de louças. Em 29/11/53 inaugura-se o Estádio de Futebol “Auro de Moura Andrade”. Este documento foi dirigido à Assembleia Legislativa de São Paulo. Foi assinado pelo tabelião Alonso de Almeida e pelo industrial Adone Bonetti. Cumprido todo o protocolo necessário aconteceu a Emancipação Política em 30 de dezembro de 1953. Em julho de 1954 inaugura-se o clube social “Sociedade Amigos de Jaguaríuna”. Neste ano, Mogi Mirim prepara a nova cidade para suas primeiras eleições para Prefeito e Vereadores. Prefeito Joaquim Pires Sobrinho - A Emancipação começa com a posse do primeiro Prefeito Joaquim Pires Sobrinho em 1º de janeiro de 1955. Teve como vice, Sr. Carlos Turato. Poucos recursos financeiros. Aluga um casarão na esquina da José Alves Guedes com Cândido Bueno e monta a 1ª Prefeitura e Câmara Municipal. Em 1955 o lixo era retirado por duas carrocinhas puxadas por animais. Compra móveis, máquina datilográfica e caminhão de 2ª mão. Coloca guias e sarjeta nas ruas centrais, arboriza a cidade, consegue Posto de Saúde e de Puericultura. Calça com paralelepípedos as laterais do jardim público e a Rua Cel. Amâncio Bueno da igreja até a esquina da Alfredo Engler. Luta para criar Ginásio e encomenda Levantamento Topográfico para serviço de água e esgoto. Compra terreno para o Ginásio e para a Delegacia de Polícia. Cuidou das estradas municipais. Em 1956, consegue a construção do Grupo Escolar de Guedes e um gabinete dentário para o mesmo. Padre Gomes tem o Dispensário (cesta básica) das Obras N.Sra. da Assumpção na Casa Paroquial. Prefeitura faz convênio com hospitais para atendimento aos doentes. Em junho de 1956 instala-se a Caixa Econômica Estadual. Sub Posto de Correio em Guedes. Início da Pavimentação vinda de Amparo até Jaguariúna para ligar com Rodovia Campinas - Mogi Mirim (1958). Teatro na Sede do Padre em 1956 e 1958, em benefício de sua construção e do lançamento da pedra fundamental do Hospital (sonho de Padre Gomes). Inauguração do Banco Federal de Crédito (Itaú 25/08/1957). Grandes orquestras e famosos bailes na S. A. J. Fermin Barrionuevo, Cassino de Sevilla. Natal dos Pobres na Sede do Padre e na S.A.J. Quinzinho Pires é reeleito (1963-1966), volta à Prefeitura para a 3ª Administração da cidade. Consegue implantar o Ginásio de Estado. Adquire motoniveladora em 1963. Nesta 2ª administração sua houve a aquisição de muito equipamento hidráulico, motores e bombas para o serviço de água e esgoto. Reformou pontes. Procedeu à instalação de tubos canalizando córregos, corrigindo estradas. Como homenagens póstumas, por sua honradez, como administrador e pela probidade e humanidade em suas ações, seu busto foi erguido diante do Paço Municipal, recebeu título da Câmara Municipal, seu nome foi dado à Escola do Bairro Dr. João Aldo Nassif: Escola Prefeito Joaquim Pires Sobrinho. Tornou-se também Patrono da Sala dos Prefeitos na Prefeitura Municipal de Jaguariúna.
Jaguariúna nos anos 60 - Em 1º de janeiro de 1959 toma posse o 2º Prefeito Adone Bonetti tendo como vice o farmacêutico Luiz Fernandez Costódio. Sua primeira preocupação foi dotar a cidade de um prédio próprio para a Prefeitura Municipal. Adquiriu o terreno na Rua Alfredo Bueno, esquina com a Rua José Alves Guedes. O prédio do Paço Municipal ficou pronto em 1960. Nesta época a igreja terminava a construção da chamada Sede do Padre. Era o Salão Paroquial, Cinema e Teatro para a cidade. Em 12/09/1960, Padre Gomes na Festa da Padroeira Santa Maria, faz o lançamento da pedra fundamental do Hospital que queria para Jaguariúna. Ele havia reservado uma quadra para o Hospital, hoje Matriz Nova de Santa Maria. Nesta década as mães meçam a assumir trabalhos fora do lar para ajudar o sustento da Família e estudar os filhos. Padre Gomes começa com voluntárias da Igreja a constituição da Creche Santo Antônio. Segundo A Comarca 21/08/1960 há a inauguração do prédio do Grupo Escolar de Guedes e o de Holambra. Construção da Delegacia de Polícia e da Casa da Lavoura. Adone Bonetti de origem italiana naturalizou-se brasileiro e foi eleito prefeito de Jaguariúna por dois mandatos. No período de 1959 a 1962 e de 1967 a 1969, neste último tendo como vice Francisco Xavier Santiago. No intervalo entre esses dois mandatos foi vereador e assumiu a presidência da Câmara Municipal. Saudosos carnavais e grandes bailes com ótimas orquestras na Sociedade Amigos de Jaguariúna. Inesquecível Baile Beneficente “Noite Havaiana” organizada pelos jovens do T.L.C. - cobertores para famílias pobres. Em dez/68, 2ª gestão de Adone Bonetti consegue com o dep. Nagib Chaib a construção de uma Escola Experimental em Jaguariúna. (A Comarca 04/07/1968). Tornou-se depois o prédio do Ginásio Estadual de Jaguariúna. Hoje, Prof. Celso Tozzi. Fundação de nova entidade, a partir de 1968, chamada Lions Clube formada por casais, realizam ações em benefício da sociedade, doação de alimentos, leite, cobertores aos necessitados, uniformes e excursões aos escolares com sede para reuniões de planejamento e jantares na Sociedade Amigos de Jaguariúna. O Prefeito Adone Bionetti notabilizou-se por dar ao pequeno Município a estrutura necessária que serviria de alicerce para o seu progresso. Foi o responsável pela introdução dos serviços de água encanada e esgoto na cidade. Construiu a Capela do Cemitério e as pontes de Guedes e da Fazenda Duas Marias sobre o Rio Camanducaia, ambas em concreto. Construiu o prédio próprio para o Posto de Saúde. A deficiência de energia elétrica travava o desenvolvimento da cidade. Iluminação mista de mercúrio funcionava só no centro. Aparelhos elétricos não funcionavam no Bairro Santa Cruz. O jornal registra em dezembro de 1968 que a Hidro-Elétrica Jaguari atende o artigo do correspondente e instala dois transformadores no Bairro Santa Cruz. O Prefeito viabilizou junto a Empresa Sílvio Maia, Hidro-Elétrica Jaguari, e ao governo estadual a construção da Subestação de Energia Elétrica na cidade, preparando o município para receber indústrias, 15/09/1968. Há denúncia de caça e pesca predatória nos três rios locais. Nesta edição noticia que o Ginásio Estadual desfila com 180 alunos no 07 de setembro. Fanfarra doada pelo deputado Nagib Chaib, muito bem preparada pelo secretário José Maria, foi o ponto alto do desfile. O Banco Mercantil e Industrial de São Paulo S/A inaugura agência em outubro de 1968. Em 14/11/1968 o repórter considera a inauguração da sede própria da Equipesca, uma das mais modernas fábricas de redes do Brasil. Redes para pesca e descanso de nylon. Salão de 800m2 que emprega 72 moças. Refeitório, sanitários, máximo de higiene e conforto. Assistência médica permanente por Dr. Jorge Rios Muraro. Redes de 5m a 1.000m. Exporta para EUA. Em 21 de novembro de 1968, o semanário noticia que houve a fusão do clube de futebol “União Esportiva Jaguariense com o clube social “Sociedade Amigos de Jaguariúna”, narrando em detalhes os passos legais do processo da referida junção dos dois clubes. Eles deram origem ao Jaguar Tênis Clube. Pela Lei Municipal nº 320 de 03/07/1969 - Instituída a Bandeira Municipal, “Fide Et Labore”. No ano de 1969 muitos trabalhos, compras, realizações com rede de água e de esgoto. Captação de água, construção de reservatório, Tratamento e Distribuição. Estes trabalhos preenchem progressivamente, encerrando a década de 1960. (Tomaz de Aquino Pires).
Chefe de Divisão de Arquivos Históricos e Coordenador da Casa da Memória “Padre Gomes”: Tomaz de Aquino Pires
Chefe de Divisão do Arquivo Histórico, Pós-Graduada em Gestão de Documentos Informação e Profissional na área de Acervos Bibliográficos e Fotográficos: Josí Rosana Panini
Curadoria e Pesquisa:Tomaz de Aquino Pires e Josí Rosana Panini
Para ter acesso a todas as fotos entre em contato com a Casa da Memória Padre Gomes através do e-mail casadamemoria@jaguariuna.sp.gov.br
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Registro: CMJ
Coleção: Irma Abrocezzi Santiago
Gênero: Fotográfico
Legenda: 13ª Exposição da Memória - Jaguariúna nos anos 50 e 60
Descrição: Homenagem ao Ex-Prefeito Francisco Xavier Santiago. A Casa da Memória teve como fundamento dos fatos seus artigos como correspondente dos jornais A Comarca e Diário do Povo nos anos 1950 e 1960
Data: 25/10/2023
Local:
TAGS: Jaguariúna; memória; anos 50; anos 60
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Registro: CMJ
Coleção: Casa da Memória Pe. Gomes
Gênero: Fotográfico
Legenda: 13ª Exposição da Memória - Jaguariúna nos anos 50
Descrição: 2º e 4º Prefeito Municipal Adone Bonetti - 1959 a1962 e 1967 a 1969
Data: 25/10/2023
Local:
TAGS: Jaguariúna; memória; anos 50; anos 60
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Registro: CMJ
Coleção: Casa da Memória Pe. Gomes
Gênero: Fotográfico
Legenda: 13ª Exposição da Memória - Jaguariúna nos anos 50
Descrição: 1º e 3º Prefeito Municipal Joaquim Pires Sobrinho - Quinzinho Pires 1955 a 1958 e 1963 a 1966
Data: 25/10/2023
Local:
TAGS: Jaguariúna; memória; anos 50; anos 60
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Registro: CMJ
Coleção: Casa da Memória Pe. Gomes
Gênero: Fotográfico
Legenda: 13ª Exposição da Memória - Jaguariúna nos anos 50
Descrição: Pe. Antonio Joaquim Gomes
Data: 25/10/2023
Local:
TAGS: Jaguariúna; memória; anos 50; anos 60
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Registro: CMJ
Coleção: Casa da Memória Pe. Gomes
Gênero: Fotográfico
Legenda: 13ª Exposição da Memória - Jaguariúna nos anos 50
Descrição: Cel. Amâncio Bueno fundador da cidade
Data: 25/10/2023
Local:
TAGS: Jaguariúna; memória; anos 50; anos 60